segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Feliz Natal! Feliz Ano Novo! Feliz!




Ano passado fiz um post de fim de ano (no Peruando, ainda), em que eu falava do tempo... de como o tempo passava, de tudo que ele representa nessa vida corrida que temos, de como afeta nossos planos, esperanças e nossa caminhada.

A frase que usei para ilustrar meu post foi essa:



"Um dia você entende que o tempo não é inimigo, e que ele é o nosso maior mestre. Que tudo vem na hora que deve vir. Que não adianta espernear nem se esconder da vida. Que a fuga não é a melhor saída. E que no fim das contas a gente sempre acaba agradecendo tudo que passou. Porque o tempo (ah, o tempo!) está sempre ao nosso lado para nos mostrar o que realmente vale a pena."
(Clarisse Corrêa)


Usei essa frase no final de 2013, na mensagem de Natal e de Ano Novo e ela se mostrou ideal... Pois 2014 foi, para mim, um ano perfeito. Simples assim. Não tenho absolutamente nenhum porém... nenhuma tristeza, nenhum arrependimento... nada que o comprometa! E o tempo, realmente, se mostrou ser o mestre... 

Foi o ano das conquistas, o ano das mudanças, o ano da felicidade plena.

Entendi que tudo vem na hora que tem de vir - não necessariamente na hora em que queríamos que viesse. 2014 foi o ano em que realizei meu maior sonho, sonhado sozinha e também sonhado a dois. Ano que me mostrou que tudo, absolutamente tudo, valeu a pena. Cada lágrima, cada dor, cada minuto de tristeza, frustração e decepção que tive de passar, para chegar onde cheguei, valeu a pena.

Em 2014 entendi que quando você tem um sonho, tem de caminhar na direção dele... não importa por quanto tempo, e quão difícil seja esse caminho. É o seu caminho. E você tem de percorrê-lo. Se você tem um objetivo, se ele é mais importante que tudo na sua vida... continue. Com coragem, com esperança, com paciência e com tranquilidade (especialmente depois dos momentos mais difíceis...). Tudo isso te faz mais forte. Tudo isso faz seu sonho ser ainda mais importante, e a realização ainda mais plena.

Se tem algo que eu aprendi, é que por mais difícil que seja, vale a pena continuar. Se você tem certeza dos seus sonhos, continue. Porque no final, quando você estiver se sentindo realizado, quando a felicidade plena chegar, nada mais vai importar.

Sendo assim, desejo que em 2015 vocês realizem ao menos um sonho. E que, se ainda não for o ano da realização, que tenham paciência e tranquilidade para continuar percorrendo o caminho necessário para alcançar aquilo que almejam.

Que o Natal seja cheio de harmonia e paz. E que 2015 seja um ano se conquistas, ou de caminhos mais tranquilos.

Beijos!
Tila.

PS: há alguns anos recebi uma frase, desse poema de Fernando Pessoa, em uma mensagem de fim de ano de uma amiga... O poema também é lindo. E perfeito para esse momento da minha vida. Porque, hoje, eu tenho um castelo!

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes.
Mas não esqueço de que minha vida
É a maior empresa do mundo...
E que posso evitar que ela vá à falência. 
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
Apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
Se tornar um autor da própria história...
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
Um oásis no recôndito da sua alma...
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "Não"!!
É ter segurança para receber uma crítica, 
Mesmo que injusta...

Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

O Natal já chegou

Ho Ho Ho!! O Natal já chegou em Londres!!

Eu adoooooro Natal! Sou fascinada! Acho lindo, curto muito!! Nunca tinha passado o Natal em um lugar em que o Natal realmente é festejado! Claro que no Brasil há decoração de Natal para tudo quanto é lado... cada vez mais cedo (depois do Dia das Crianças você já encontra "apelo" natalino no comércio, e as decorações dos shoppings ficam prontas cada vez mais cedo!). Mas não é todo mundo que entra no clima... sei lá...

Talvez não esteja conseguindo me fazer entender direito... risos... Mas, em suma, acho que é diferente quando você está no Hemisfério Norte. Aqui a cidade se veste de Natal, e há também uma maior variedade de celebrações e eventos! Na programação natalina incluem-se os mercados de Natal, bazares, espetáculos de ballet, de música clássica, corais natalinos nas praças e igrejas... Além das decorações das lojas, das praças, as pistas de patinação no gelo... É muita coisa! E o espírito toma conta da cidade inteira!

Para se ter uma ideia do "envolvimento" da cidade os restaurantes já disponibilizam menus natalinos (servidos durante todo o mês de dezembro e, até, antes já que ainda estamos em novembro e já servem os tais menus). Os cafés fazem bebidas natalinas e os copos em que eles vendem o café têm decoração de Natal... As lojas (veja, praticamente todas as lojas) vendem milhares de roupas daquelas que a gente só vê no filme do Chevy Chase ("Férias frustradas de Natal", sabe?): uns suéteres com uma rena do nariz vermelho gigante, ou um papai noel cheio de brilhos! Tem também "fantasia" de duende e roupas decoradas com pinguins, para todo o lado! Risos... Eu achava que ninguém usava isso... mas, ledo engano. As pessoas compram e usam esses trajes nas ruas!! Risos...

Enfim, o clima (e não é só o frio) é diferente! Há muito mais que se ver e que fazer! E eu estou curtindo demais!! 

Enquanto posso... é claro. Sendo assim, como provavelmente meu mês de dezembro será dedicado a fraldas e uma adaptação intensa, estou aproveitando os últimos dias para saracotear para todo o lado, vendo tudo que consigo!

As ruas já estão bastante enfeitadas - a Oxford Street, especialmente, e as ruas das redondezas. Além do Covent Garden que está lindo!! As duas primeiras fotos são da Oxford St., as outras três são da decoração das vitrines da Fortun & Mason (que está cheia de opções de presentes natalinos, especialmente delícias natalinas... pena que eu não tô podendo provar nada!! Rs...). As demais fotinhos são do Covent Garden.
















Nas ruas encontramos vendedores de castanhas tostadas, de mulled wine (uma espécie de vinho quente, temperadinho e delicioso, segundo dizem - eu não posso provar! rs... tipicamente natalino...) e de apple cider (uma outra biritinha quente, feita de cidra de maçã e especiarias). As ruas estão, portanto, além de enfeitadas, perfumadas! :)

E já há alguns Christmas Markets em pleno funcionamento, tanto nos parques, como nas igrejas e praças - além de muitos outros que estão programados para começar a funcionar em dezembro. Fomos conhecer o do Southbank Centre e o do Hyde Park (que abriu nesse fim de semana).

O do Southbank Centre é bem bonitinho, com algumas barraquinhas vendendo lembrancinhas, e outras comidinhas. Fica bacana porque é bem em frente à London Eye, que já "enfeita" a paisagem por si só. Há também uma espécie de circo para as crianças, além do carrossel (que funciona o ano todo, mas nessa época, em que escurece às 4 da tarde, fica ainda mais bonito!). No próprio Centre há algumas exposições e eventos programados para o mês de dezembro. A entrada no mercado é gratuita, mas os eventos são pagos a parte.




O evento montado no Hyde Park (Winter Wonderland) é na verdade um parque de diversões - para todas as idades, com atrações tanto para crianças pequenas, maiores e para adultos! Com várias opções de comidinhas, compras e jogos (além dos "rides"- roda gigante, montanha russa, trenzinhos, carrinhos, etc... e a pista de patinação no gelo), dá para passar horas por ali aproveitando a diversão! Aqui a entrada também é gratuita e você paga por atração.








Além disso, o parque ainda está lindo, com o outono colorindo a paisagem (daqui a pouco imagino que as árvores estarão todas peladas, mas ainda dá pra curtir uma paisagem linda!). Diversão garantida!!

Depois de atravessarmos o Hyde Park fomos até o Museu de História Natural - que tem uma pista de patinação no gelo montada, e a decoração de natal também está caprichada. 




Tem muito mais coisa rolando pela cidade, e a programação ainda aumentará... Uma pena que não vou conseguir acompanhar tudo... queria ver os corais da St. Martin in the Fields, e pelo menos uma apresentação de ballet... Não será esse ano (pelo melhor motivo do mundo!!), mas quem sabe no ano que vem! Pelo menos algumas das atrações começam em novembro e já deu para aproveitar um pouquinho! :)

Para quem curte Natal, embora seja um período de muito frio, em que os dias ficam cada vez mais curtos (há duas semanas estava anoitecendo às 17hs... agora às 16:15hs já é noite fechada...), eu acho que vale super a pena vir conhecer a cidade e aproveitar esse clima natalino!!

Beijos!
Tila.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Listas - Livros 2014

Esse ano foi bem agitado... não bastasse mudarmos de País, nossa família finalmente está crescendo! O ano passou voando e eu não consegui fazer minha Lista de Livros no meio do ano. Por isso resolvi compilar tudo em uma lista só. 

Embora não tenha terminado o ano, acho que daqui até o final de dezembro vou conseguir ler muito pouco... e a chance de conseguir escrever no blog também deve ficar bastante reduzida (já estou "devendo" uma série de posts que não consegui parar para escrever... que dirá outros...).

Sendo assim, fica aqui a listinha desse ano, um tanto quanto reduzida porque a correria foi enorme... mas ainda a tempo de escolherem algum título para as férias, ou para presentear no Natal! ;)
  • "A casa do céu": ainda no embalo das biografias, esse daqui é a autobiografia de uma canadense que foi sequestrada por somalianos, em uma visita ao País. Achei super interessante e embora em determinados momentos o livro seja extremamente desesperador (ela ficou mais de um ano nas mãos dos sequestradores!), é um relato sensível de uma experiência aterradora! Eu gostei bastante! Recomendo.
  • "Bahia de todos os santos": verão, eu estava no Brasil... pensando em visitar Salvador, resolvi pegar um Jorge Amado da estante. Trata-se de um retrato histórico interessante, pois ele comenta sobre os lugares históricos da cidade, conta as histórias de várias igrejas, do comércio e das ruas mais movimentadas, trata das características dos bairros, os hotéis e restaurantes mais conhecidos, etc... Por outro lado, é claro que muita coisa mudou na cidade (até porque o livro foi publicado em 1945!). Mas eu achei bacana ter uma visão de como era tudo naquela época... Algumas partes, contudo, devo confessar que eu pulei - como, por exemplo, a lista enorme de terreiros da cidade... e outras informações que não interessam nem mesmo aos turistas atualmente, dado que nestes quase 70 anos muita coisa mudou!
  • "Peanuts - 120 tirinhas": comecei a ler porque estava lendo o 2666 (o próximo da lista) e precisava dar um tempo de uma leitura muito pesada... Ok... eu levei menos de uma hora para ler todas as tirinhas... mas eu adooooooro Peanuts, então, adorei a leitura! ;)
  • "2666": esse é um daqueles livros que você lê porque todo mundo tá elogiando pacas! Praticamente todas as críticas dizendo que era sensacional, o melhor livro do autor, obra prima da literatura sul americana... E eu, sinceramente, não gostei! Detesto quando isso acontece porque fico me sentindo meio burra - eu não consegui ler "Mrs. Dalloway" até o fim (na verdade, acho que nem até a metade!) e me acho meio burra por isso (ele continua aqui na estante, aguardando outra tentativa)... Também não consegui ler "O jogo da amarelinha" do Cortázar (tenho meus problemas e frustrações com os ganhadores do Nobel). Por isso quando eu comecei a ler esse daqui, e não gostei, fiquei meio decepcionada... Por outro lado, não dei o braço a torcer e lá pra página 250 comecei a gostar do livro (veja bem, são mais de 800 páginas... na 250 eu ainda estava no começo do livro! Por isso lhe dei outra chance). O livro foi publicado após a morte do autor (Roberto Bolaño), que o escreveu para que fossem publicados 05 livros distintos, um a cada ano, após sua morte. A família e o editor resolveram publicar tudo junto. Se por um lado foi uma loucura - porque o livro é gigante, e eu achei o começo ruim! - por outro lado, pode ter sido a única forma de fazer com que os leitores comprassem os 05 livros (de uma só vez, porque, se eu, por exemplo, tivesse lido só o primeiro, certamente não compraria os demais!). No geral, gostei bastante das histórias/livros 03 e 04 (embora esse seja extremamente violento, a ponto de me deixar deprimida em determinado momento). O livro 05 começa meio devagar, mas depois melhora. Mas, sinceramente, com tanto livro bom do começo ao fim, acho que não recomendaria esse daqui... 
  • "Tempo é dinheiro": não é o melhor livro que li da Lionel Shriver (uma das autoras preferidas do "meu" momento), embora também tenha gostado dele. Mas, como estou totalmente in love com ela, acho que, de certo modo, tudo que eu ler dela vou gostar! Esse aqui tem uma temática bem barra pesada - uma paciente com um câncer agressivo e uma criança com uma doença degenerativa, e devo confessar que (talvez por isso) em algumas passagens eu me desliguei um pouco... Nada disso me fez desgostar do livro. Só não achei o melhor de todos (ainda gosto mais dos outros dois dela que li).
  • "O Legado": sabe aquele livro cuja capa te chama atenção, você lê a resenha e curte mais ainda, embora nunca tenha ouvido falar do autor? Esse aqui foi assim... e eu adorei!! Conta a história de uma família, 05 integrantes, 05 narradores. Interessante ver como a percepção da realidade de cada um é totalmente diferente dos demais... como cada um não se conhece e não conhece os outros integrantes da família... Como anos de falta de comunicação podem impactar na vida das pessoas... Adorei! Recomendo! Já vi que a autora (Jennifer Haigh) tem pelo menos mais 02 livros... e, é óbvio, eu vou correr atrás deles!
  • "Winter of the world": esse é o segundo livro da trilogia do século, e eu adorei. Trata essencialmente do período entre guerras e da própria segunda guerra mundial. Claro que não é leitura tranquila, tem cenas perturbadoras. Mas é um ótimo livro! Não vejo a hora de ler o terceiro!
  • "Agathe Von Trapp: memórias da família Von Trapp": ainda na onda das biografias, esse daqui eu dei de presente de Natal para o meu irmão, pois somos, os dois, super fãs do filme! Aproveitei que estava em SP e li antes dele. O livro é interessante e conta um pouco mais da vida dos irmãos, da família, mas sem romancear tanto como o filme. Há histórias interessantes da vida deles na Áustria, a influência das avós, os costumes. E bastante coisa sobre a carreira de cantores, que eles realmente seguiram após a guerra (eu não sabia disso). É interessante, mas não é um super livro, especialmente se você não é mega fã do filme.
  • "Os escritos secretos": a história de uma vida de sofrimento, no interior da Irlanda, de uma senhora hoje internada em uma clínica para idosos. Tema e cenários interessantes, uma leitura pesada e crua de uma realidade bastante difícil, mas que vale a pena.
  • "A perfectly good family": mais um livro da Lionel Shriver, porque quando eu gosto de um autor, quero ler tudo que vejo pela frente, que tenha sido escrito por ele! Rs... esse livro é bem bacana! Eu peguei para ler em inglês e senti uma certa dificuldade... Não devorei em dois dias como fiz com as traduções em português, mas creio que, essencialmente, porque ela é daquelas autoras que utilizam a linguagem de uma forma interessante. A palavra/descrição não é qualquer uma... é a melhor encontrada... Daí o vocabulário se expande, mesmo... e ler em outra língua pode ficar um pouco mais demorado... rs. Mas o livro é bem bacana. A história de três irmãos completamente diferentes, que são obrigados a voltar a conviver após a morte dos pais, enfrentar suas diferenças, e o modo como trataram os pais e as relações familiares durante os anos passados. Vale a pena!
  • "Gone Girl": esse já tinha sido recomendado por uma amiga, estava para virar filme, daí resolvi tirar da prateleira! (claro que não consegui, ainda, ver o filme) Muito bom! A história do desaparecimento da esposa integrante do "casal perfeito". Não tinha lido nada ainda da Gillian Flynn, e achei a trama super bem construída. Gosto de livros que te levam pra um caminho e de repente tudo muda. 
  • "Mrs. Kimble": este é outro livro da Jennifer Haigh, que eu resolvi comprar depois de ter gostado tanto de "O legado". É muito bacana! Conta a história de três mulheres que se casaram com o mesmo cara. O leitor vai desvendando a personalidade do marido através das histórias das mulheres. E são três mulheres completamente diferentes. Bom, talvez não completamente... mas a princípio você não consegue identificar semelhanças - além, é claro, de terem se apaixonado pelo mesmo homem. Achei super interessante. Recomendo!
  • "Mundos roubados": esse daqui eu comecei a ler em Lima, depois deixei quando passei um tempão em SP, aí voltando pra Lima resolvi terminar antes da mudança. Demorei um pouco para conseguir engatar a leitura e começar a curtir. É um livro triste, que conta a história de uma mãe que, enganada, é separada do filho e luta para voltar a ficar próxima dele. É um bom livro, só meio devagar no início (ou, talvez, minhas idas e vindas é que tenham dificultado um pouco...).
  • "Maigret viaja": eu tenho vários livros do Maigret. É uma "besteirinha" que eu gosto... rs... são meus livros de bolsa e/ou de carro - ficam ali e quando eu não tenho nada na mão para ler, e preciso esperar, pego para passar o tempo. Esse daqui eu peguei para ler no avião - não estava a fim de carregar um livro gigante, considerando que já estávamos nos mudando com 6 peças de bagagem e íamos mudar de "pouso" pelo menos umas quatro vezes! Rs... Enfim, é aquele livrinho água com açúcar, policial, passatempo. Eu gosto. Mas não é nada além disso.
  • "Um lugar chamado Brick Lane": eu sinceramente esperava mais desse livro. É a história de uma paquistanesa, que vai viver em Londres por conta de um casamento arranjado com um paquistanês (bem mais velho) que vivia há anos na cidade. No vilarejo de origem ele é um super partido, porque afinal, mora em Londres, o que significa que "subiu na vida". Quando ela paquistanesa chega na nova cidade vê que não é bem assim. O marido se ilude, e ela mantém um certo senso de realidade. As filhas vêem e começa todo o conflito decorrente da criação das crianças em uma cultura completamente diferente, enquanto os pais fazem questão de manter as tradições e suas origens. Mas achei um pouco arrastado... não sei... talvez não tão bem escrito. Tenho outro da autora na estante para tirar a prova. E sobre tema parecido tenho outros na lista que, me parece, devem ser mais interessantes. Esse daqui, not so good.
  • "The vintage caper": Já li muita coisa do Peter Mayle - acho que, praticamente, todos os livros dele... rs... Mas devo confessar que eu gosto muito mais dos livros dele que ele fala sobre a vivência e experiências que teve, vivendo na Provence, do que seus romances/ficções. Esse aqui também é um passeio pelo sul da França (vinhedos e Marseille), mas a parte da ficção fica devendo um pouco. Acho que ao invés de ter de inventar uma história para falar da França, ele devia continuar contando suas próprias experiências, que é algo que ele faz super bem.
  • "Gone, baby, gone": outro autor que há muito tempo eu queria voltar a ler (Dennis Lehane), pois depois que eu li "Shutter Island", queria muito ler mais coisas dele. Esse livro é pesado - assim como, me parece, são todas as histórias dele. Mas é muito bom. A história do desaparecimento de uma menina que é mal tratada pela mãe (solteira, drogada e irresponsável). Mas é um livro bom, se você gosta de livros com temática policial/suspense, é claro. 
  • "The hundred years old man who climbed out of the window and disappeared": Esse livro foi o primeiro que eu comprei quando chegamos aqui em Londres... estava numa livraria super legal, tinha uma promoção, já tinha lido os livros que eu tinha trazido pra cá... não resisti. O autor é sueco (Jonas Jonasson) e a história se passa lá nas terras frias! Rs... Achei o título interessante e foi o bastante para escolhê-lo. O livro é super divertido! Uma história tragicômica, bastante improvável, contada com muita ironia e humor negro. Adorei! Recomendo porque é diversão certa!
  • "Love, etc.": esse é o segundo livro que eu leio do Julian Barnes. O primeiro que li - "O sentido de um fim"- foi o livro com o qual ele ganhou o Man Booker Prize (que eu, geralmente, curto muito mais do que os livros de autores que ganham o prêmio nobel), e eu adorei. Há tempos estava procurando outro livro dele para ler. Esse daqui é interessante. Não tão bom quanto "O sentido de um fim", especialmente porque eu acho que no início ele fica muito confuso por conta dos 03 narradores diferentes. A estrutura, no entanto, é interessante. A mesma história contada pelos 03 personagens que a viveram e, portanto, cada um contando a sua versão. Os personagens são bem interessantes também, o que faz com que a história - aparentemente banal - prenda o leitor. Curti e recomendo!
  • "Baker Towers": outro livro da Jennifer Haigh (afinal, depois do primeiro que li queria ler tudo que ela escreveu! Rs...), muito bom! Conta a história de uma família pobre, de uma cidade americana do interior que existe em função de uma mina de carvão. Cada filho tem uma personalidade diferente, e mostra os conflitos ao longo dos anos, desde crianças - com a morte do pai em decorrência do trabalho na mina - até a chegada de seus próprios filhos. Já gosto muito dessa autora. Recomendo.
  • "Crianças francesas não fazem manha": não podia ter começado melhor a saga da leitura dos livros sobre bebês e crianças! Adorei! Quero um filho francês!! Risos... não sei se vou conseguir colocar tudo em prática, mas as ideias são muito interessantes! Recomendo para quem se interessa pelo tema...
  • "Crianças francesas dia a dia": esse daqui é praticamente um guia, um resumo, do anterior (mesma autora). Como já tinha lido o outro, esse daqui não me trouxe novidades, mas é interessante para - como sugere a própria autora - emprestar para avós, tios e/ou outras pessoas que participam eventualmente da criação dos filhos, para que eles possam compreender as técnicas utilizadas pelas mães.
  • "Os enamoramentos" - embora viesse a descobrir depois que esse livro era super bem cotado, foi um daqueles que eu comprei pela capa e pelo título. Achei tão lindo! A história é interessante, mas achei que os personagens em determinado momento entravam em divagações exageradas... Saiam demais do caminho... Por vezes me cansei das "viagens" da personagem principal... Em determinados momento já estava a ponto de sair pulando parágrafos (em especial quando o personagem masculino exagerava na "viagem", mas em alguns momentos também a narradora). É um livro bacana, mas não está na minha lista dos melhores do ano...rs.
  • "Um bom tricô": enquanto não termino os livros sobre bebês, resolvi pegar mais um romance água com açúcar para ler rapidinho... Adorei! Conta a história de 04 mulheres totalmente diferentes, que se conhecem em uma aula de tricô - cada uma chega ali por uma razão diversa. É leitura leve, para ler em duas noites (no meu caso eu fiquei acordada até as 2 hs da manhã para terminar! Rs...). Despretensioso, mas uma leitura gostosa. Curti! 
  • "As lembranças":  Peguei esse livro meio sem quê nem por quê. O trecho do livro destacado no verso dava conta da tristeza do narrador em não ter dito ao avô que o amava, antes dele morrer. O tema me interessou e lá fui eu deitar com o livro novo nas mãos. E o livro é ótimo! Escrito de um jeito leve e muito bonito, conta a história da vida do narrador, um tanto quanto negligenciado pelos pais durante sua criação, sua relação com o avô, com a avó, com a mulher com quem se casa... Tudo escrito de uma forma leve, embora as situações não o sejam. Gostei tanto que terminando de ler fui procurar mais informações sobre o autor na internet (David Foenkinos) para descobrir, feliz da vida, que não só ele tem um livro adaptado para o cinema ("A delicadeza do amor" - que eu vi e adorei!), como já tinha outro livro dele na estante, me esperando! 
  • "Em caso de felicidade": esse é o outro livro do David Foenkinos que eu tinha na estante, e depois de ler "As lembranças", resolvi que "precisava" lê-lo... eu e minha eterna obsessão em ler tudo de um autor que eu descubro e me apaixono! Rs... Esse livro eu comprei por conta do título. Achei lindo. E não me arrependi! Adorei! Recomendo.
  • "O vendedor de passados": é um livro curtinho, de um escritor angolano, que ganhei de uma amiga. Tem um tom de poesia mais acentuado em alguns capítulos, com uma pitada de fantasia... Conta a história de um albino que vive em Luanda e vende passados para quem precisa, por alguma razão, esconder seu passado verdadeiro, e de um cliente especial. Embora o final seja, de fato, surpreendente, e no decorrer da leitura tenha curtido descrições bem bacanas feitas pelo narrador, achei que ia gostar mais desse livro. 
  • "The girl who saved the king of Sweeden": outro livro do Jonas Jonasson (o mesmo autor do "The hundred years old man who climbed out of the window and disappeared", que eu comentei acima). Fui atrás deste depois de ter adorado o outro. E adorei esse também! Mesmo estilo irônico, super divertido! A história é de uma menina Sul Africana, super inteligente, que justamente por sua inteligência consegue se livrar da sina dos guetos africanos, para viver uma vida cheia de (muito improváveis) aventuras. Recomendo! 
  • "The hundred foot journey": minha ideia era ler o livro antes do filme estrear nos cinemas, para poder assisti-lo. Não consegui ler antes, e sequer consegui ir ao cinema (não espero ir por um bom tempo... quem sabe consigo assistir no Amazon Prime...rs...). O livro é interessante para quem se interessa minimamente pelo tema da culinária, mas não é dos melhores que já li sobre o tema.
  • "A encantadora de bebês": era o último que faltava sobre o tema. Para quem se interessa, e tem bom senso para saber "filtrar" algumas das informações e conselhos, é bacana. As ideias centrais, que me pareceram as mais relevantes, são: criança precisa de rotina e de respeito. Além disso, não se desespere. É difícil, mas é possível! Rs... 
Claro que estou lendo outro livro (assinei a newsletter da Waterstones - a maior livraria daqui, pela qual sou apaixonada, e meio que já me arrependi porque tem muita coisa rolando, que eu sei que não vou conseguir acompanhar! Momentos de desespero da leitora paranóica! Rs...), uma amiga acaba de vir aqui em casa me emprestar mais quatro, e ainda tenho outro que comprei para ler na maternidade (caso tenha de ficar muito tempo por lá). Provavelmente minha Lista de 2014 deve aumentar, mas isso será assunto para outro post, em 2015... Até lá, espero que essa listinha sirva para inspirar alguém!

Beijos!
Tila.


sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Os restaurantes do Jamie (que eu já fui)

Olha a pessoa se achando a super íntima do Jamie Oliver, para chamá-lo apenas pelo prenome... rs

Adoro cozinhar e tenho alguns livros dele, assim como já assisti muitos dos seus programas. De tempos em tempos eu pego um bodinho dele, acho que talvez pela super exposição - ele começou a fazer tanta coisa ao mesmo tempo que toda hora tem um episódio de algum programa dele na TV, um livro novo sendo lançado, etc... Mas, enfim, eu gosto dele, acho que ele passa uma mensagem bacana de que é simples cozinhar comida com cara de comida, e que todo mundo pode se aventurar na cozinha, basta gostar!

Bom, morando em Londres, não daria para deixar de conhecer seus restaurantes. Quando visitei a cidade, em 2010, ganhei de presente do marido (então namorado) um jantar no Fifteen, que é aquele restaurante dele em que emprega aprendizes. Me lembro que adorei, mas não tenho como precisar muitos detalhes - lá se vão 04 anos. Me lembro que o cardápio tinha bastante influência italiana, talvez porque, na época ele tinha acabado de publicar o livro dele de culinária italiana, tinha feito um programa todo na Itália, enfim... Mas não me lembro exatamente o que comi - embora me lembre que adorei! Rs... Enfim, voltarei lá assim que tiver oportunidade e venho contar em outro post.

Há dois meses, no meu aniversário, fomos comemorar no Jamie's Italian, que é uma cadeia de restaurantes italianos que ele tem aqui na Inglaterra. São várias unidades em Londres, e a que visitamos desta vez foi a de Picadilly. O restaurante é uma baladinha - o bar fica lotado (era uma sexta à noite), e a impressão que tive foi de que se não tivéssemos feito reserva não encontraríamos mesa (tenho por hábito fazer reserva nos restaurantes, quando decido de antemão onde ir... não custa nada, hoje em dia você faz on line ou por um aplicativo, e acaba evitando maiores decepções). São vários ambientes, pouca iluminação na parte do restaurante, música/baladinha em todos. Serviço atencioso e naquele clima: "estamos felizes de trabalhar num restaurante do Jamie!"... rs...  

O cardápio é bem variado e me surpreendeu positivamente - achava que, talvez por ser uma rede com tantos estabelecimentos, o cardápio fosse mais enxuto... não sei. Estávamos em 03 pessoas e pedimos uns aperitivos - só provei o meu, sem álcool, mas a opinião geral foi de que eram bem bons! Rs... Pedimos também uma cestinha de pães artesanais bem gostosa (adoro quando os pães vêm quentinhos), acompanhada de azeites.

Nos pratos, não arriscamos e fomos todos nas massas. Afinal... Meu linguini de camarão estava delicioso - mas a pessoa tem de curtir pimenta! Os outros pratos também foram bem apreciados - um papardele com linguiça e um especial do dia (ah... haviam 03 sugestões do chef fora do cardápio).  

No final, dividimos uma sobremesa divina! Ficamos super na dúvida entre uma torta de amêndoas com cereja, o cheesecake de limão e o "epic brownie", mas com esse nome, não dava para não pedi-lo... Maravilhoso! Ah, que saudade da época em que eu podia comer açúcar...rs


Eu sei que eu devia ter tirado uma foto antes... mas posso garantir que estava delicioso!! :)

O mais surpreendente, contudo, foi constatar que a conta não saiu cara. Imaginava que sendo restaurante badalado, etc... seria um assalto! Rs... Claro, como eu já mencionei algumas vezes em posts anteriores, convertendo tudo sai caro aqui, mas pensando em termos absolutos, em número de "dinheiros" gastos, não achei tão caro - sempre lembrando que as porções aqui são geralmente generosas (você consegue matar a fome com seu prato, sem ficar com aquela sensação de que "poderia ter comido um pouco mais"...). Algo em torno de GBP 70,00, para os três. Achei bem razoável.

Semana passada nós almoçamos, também em Picadilly, no Jamie Oliver's Diner. Já que não estou comendo carboidratos me pareceu ser uma boa opção, pois, embora inspirado na culinária americana, há várias opções de carnes (vaca, porco, frango, peixe). Dessa vez não fizemos reserva, pois decidimos quando estávamos passando pela porta. Por outro lado, o horário ajudou: 16hs do domingo... O restaurante não estava vazio, mas acho que só umas 5 ou 6 mesas estavam ocupadas.

O cardápio, como disse, é inspirado na culinária americana. Pedi costelas de porco, que estavam bem temperadas, e bem cozidas (soltando do osso, do jeito que tem de ser!), acompanhada de saladinha e fritas - provei, mas não pude me refastelar nelas... :(

O marido pediu um sirloin steak e também saiu bem satisfeito. Pretendo voltar para provar uma barriga de porco que me pareceu suculenta, um peixe cajun que deve ser interessante, e a "chicken in a basket" que tava cheia de propaganda no cardápio... rs

Comparativamente essa conta saiu mais cara (com cerveja e uma água com gás, cerca de GPB 45,00). No entanto, carne aqui é mais cara, mesmo. Ainda assim, não achei caro, para os padrões britânicos (leia-se, sem converter! Rs...). Ele tem, também, um restaurante só de carnes que pretendo conhecer, especialmente na minha fase low (ou no) carbs... Fico devendo esse relato, e o do Fiffteen.

Acho que vale a pena conhecer um de seus restaurantes, quando estiver passeando por aqui. A comida é boa e a relação custo benefício também. Especialmente se você curte os livros e/ou os programas do moço!

Beijos,
Tila.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Exposição de Lego

No último mês o tempo tem ficado "curioso" nos nossos fins de semana: aos sábados faz frio, chove, dias horríveis, nos domingos somos brindados com dias lindos! Como ainda temos um monte de coisas para organizar em casa, aos sábados ficamos por conta da arrumação e aproveitamos os domingos para passear (muito melhor passear quando o dia está bonito, ou quando, ao menos, não está chovendo! Rs...)

Nesse domingo acordamos com um sol lindo, depois de um sábado de muita chuva! Hora de escolher o passeio! O marido sugeriu que fôssemos a uma exposição... como não é muito do feitio dele, topei na hora. Qual exposição ele escolheu? Uma exposição de um artista americano que constrói todas as suas esculturas com Lego!

A exposição chama-se "Art of the Brick", e o artista é o Nathan Sawaya, atualmente apresentada na Old Truman Brewery (que fica ali pertinho do Spitafield Market). E é muito, mas muito legal! Claro que chegando lá éramos praticamente as únicas pessoas sem filhos, porque a criançada comparece em peso! Mas, ok... já estamos treinando! E o marido é apaixonado por Lego, mesmo... parece criança! Rs...

Mesmo caso do tal do Nathan, que resolveu esculpir usando peças de Lego, simplesmente porque ele é apaixonado por Lego desde criança. Quando estava para entrar na faculdade pensou em ser artista, mas foi fazer direito. Como vários advogados, em determinado momento largou a carreira para fazer algo que ele realmente curtia: arte com Lego!

Segundo ele, nada mais natural, já que é um elemento como outro qualquer e, de mais a mais, ele sempre curtiu montar Lego - mesmo quando já era mais velho, quando voltava cansado do escritório depois de um longo dia de trabalho, por sua sanidade, passava horas montando Lego.

A exposição é super bacana! Dividida em várias partes, ele começa com "réplicas" de esculturas clássicas ("O pensador", "A Vênus de Milo", "A deusa Nike") e depois passa para pinturas clássicas ("A Monalisa", "O grito", "A noite estrelada", "O beijo", dentre outras).







Na sequência há uma parte com esculturas de temas variados, animais, puzzles, o Globo, dentre outras.



A terceira parte é dedicada ao tema preferido do artista que são as expressões humanas. Nessa parte da exposição há várias esculturas de rostos e de pessoas. Cada uma inspirada em algum acontecimento da vida dele (tudo explicadinho, inclusive algumas com a indicação do número de peças utilizado e/ou o tempo que ele levou para construir).




Adorei a das mãos - representa o medo dele de perder as mãos, já que para ele são instrumento de trabalho.



Depois ainda há uma sessão de retratos (Jimmy Hendrix e Bob Dylan dentre eles) e ao final, uma homenagem à Londres (imagino que em casa cidade que ele passou tenha feito esculturas em homenagem à cidade).





A exposição já rodou por vários lugares do mundo e vale super a pena! Não sei se já esteve no Brasil, mas se ainda passar por aí, recomendo! Ou, você pode visitar por alguma parte do mundo, se topar com ela por aí!

Beijos!
Tila.  

PS: a Old Truman Brewery fica numa região cheia de mercados e restaurantes, ao lado da Brick Lane. O passeio depois da exposição também é bem agradável e me parece que domingo é mesmo o dia mais agitado por ali!

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Restaurantes Thai


Difícil comentar sobre restaurantes em Londres, viu? Aqui tem tanta coisa, tanta variedade, e tanta coisa gostosa!! Eu sei que tem gente que ainda pensa que se come mal por aqui, que a comida é insossa, ou sem criatividade, mas isso é uma mega mentira!

A quantidade de imigrantes que vivem aqui em Londres chega a ser assustadora. Tem momentos (ou lugares específicos da cidade) em que você olha ao seu redor e é difícil encontrar um inglês com cara de inglês, sabe? 


Sendo assim, a diversidade da culinária aqui é inacreditável. Você encontra (mesmo) de tudo! Claro que tem muita comida indiana... mas também tem muita comida thailandesa, japonesa, chinesa, italiana, francesa, árabe (e aí tem iraniana, libanesa, turca, de tudo!)... e você encontra comida da Etiópia, da Argentina, da Noruega, enfim... tem de tudo, mesmo! Com a vantagem de que, geralmente, o cozinheiro e o staff do restaurantes são do mesmo País da culinária! Rs... Assim tudo fica mais autêntico!


A comida inglesa, so far, também não está fazendo feio não. Estamos indo à vários pubs, comendo bastante coisa típica daqui, e estamos adorando! 

Ah, e tem um lance bem interessante: embora tudo aqui seja "caro" se ficarmos convertendo (e, sim, eu ainda estou convertendo...), as porções são super bem servidas. Quer dizer, tanto num restaurante super simples, quando num mais ajeitado, você vai se satisfazer com a comida! Não tem essa de, porque é mais caro, mais chique, vai comer menos. Claro que você vai pagar mais ou menos, dependendo do nível do restaurante... isso é natural... mas vai ser super bem servido em qualquer um! Isso é uma vantagem.


Mas, ok... o post de hoje é sobre dois restaurantes thailandeses que conhecemos. Propostas totalmente diferentes, mas muito bons!

O primeiro é o Blue Elephant, que fomos conhecer no dia do nosso aniversário de casamento. Fancy! Super bacana! Com uma decoração bastante típica - me senti na Thailândia! - e linda! Ele fica bem na beira do rio, então tem uma vista bem bonita! Peça uma mesa perto das janelas, ou no terraço, dependendo da época do ano que você for. Aliás, o restaurante fica em uma região a ser explorada: o Imperial Wharf, na parte sudoeste da cidade.. por ali há vários restaurantes e bares à beira do rio! 

Nós começamos com umas bebidinhas, escolhidas de um cardápio bem bacana, cheio de bebidas com frutas diferentes (claro!). A minha, embora sem álcool, estava uma delícia! Tinha lichia, abacaxi e uma outra fruta que nunca ouvi falar... Muito bom!

O cardápio é bastante variado, satisfaz quem é vegetariano, quem gosta de peixe, de carnes diversas, de frutos do mar. Os atendentes são super atenciosos e te explicam os mínimos detalhes (afinal, no nosso caso, não somos experts em culinária thai, embora eu goste bastante!). Dividimos a entrada e pedimos cada um um prato. Tudo estava delicioso! Eu pedi um curry de cordeiro, o marido um prato com camarões. Mas, claro, foi demais. E eu ainda queria a sobremesa...

Pedimos uma sobremesa destas que são como uma degustação: várias "mini" sobremesas em uma. Algumas não tão boas - na minha opinião, algumas delas eram um pouco sem sabor - mas outras compensaram. Rs... E, na minha opinião, a ideia é provar de tudo mesmo, especialmente quando você está num restaurante cuja culinária ainda é uma aventura para você! Até para que você possa descobrir do que gosta ou não, para da próxima vez saber o que pedir!

O preço é alto, mesmo sem converter. Quer dizer, para os padrões que estamos acostumados aqui (nossa conta deu algo por volta de 120,00 GBP). Mas, era uma comemoração e valeu super a pena!! 

Há uns dias atrás fui almoçar com uma amiga em outro thai, que eu tinha passado na porta um dia desses e achei interessante. É um restaurante pequeno, super simples, mas também bastante autêntico - leia-se, o staff (e provavelmente a cozinha) é só de thailandeses...rs.. Chama-se Rosa's Thai Cafe. O que nós fomos fica ali no Soho, mas há outros três endereços.

O cardápio também é super variado, você pode escolher opções vegetarianas, peixes, frutos do mar, carne, noodles, enfim... tem de tudo (acho que os restaurantes thai devem ser assim...). Escolhi um arroz com frutos do mar e abacaxi - que já estava namorando desde que fiz a reserva e dei uma olhada no cardápio! Delicioso! Só de pensar me deu água na boca! Não pedimos sobremesa - era meio da semana, e a dieta não comporta tantas extravagâncias de uma só vez! Rs... Claro que esse restaurante é muito mais em conta que o outro (acho que a conta para duas pessoas - sem entrada ou sobremesa - saiu por volta de 30,00 GBP).

De toda forma, se você é fã de comida thailandesa, ou se quer se aventurar nesse mundo novo, os dois restaurantes são ótimos! Com propostas diferentes, é claro! Bom mesmo é saber que aqui come-se muito bem! Apesar da má (e injusta) fama da culinária local!

Beijos,
Tila.

sábado, 9 de agosto de 2014

Museu de Londres / Museum of London

Uma boa dica de passeio para quem vem a Londres, e especialmente para quem vem morar aqui, é o Museu de Londres. Eu já conhecia, mas como o marido nunca tinha vindo à Londres antes de nos mudarmos pra cá, achei bem legal levá-lo lá, logo no nosso segundo fim de semana na cidade!

A propósito, antes de falar do museu, recomendo também a leitura do livro "Londres, o romance", de Edward Rutherfurd. Havia lido há alguns anos atrás, emprestei para o marido ler antes de virmos para cá, e não vejo a hora do caminhão da mudança chegar para poder relê-lo. O livro conta a história da cidade desde sua fundação, com personagens fictícios cujas vidas, famílias e dinastias vão se cruzando no decorrer de mais de 1500 anos de história! Adorei e super recomendo! Especialmente, é claro, para quem vem visitar, morar, ou simplesmente, curte a cidade! Se você gosta de história, então, prato cheio!

Voltando ao museu... O Museu de Londres é super rico, e conta a história da cidade, desde antes de sua fundação (começa contando como era o relevo, vegetação, clima, etc... antes mesmo dos primeiros povoados se fixarem por aqui). Ou seja, tem muita história para contar! Rs...

O passeio é feito em ordem cronológica - o que facilita demais a compreensão da evolução não apenas da cidade, mas também da sociedade. E o museu é cheio de detalhes interessantíssimos: maquetes da cidade no tempo do domínio dos romanos, instalações que demonstram como eram as residências na idade média, as primeiras lojas, as ruas e o comércio na era vitoriana (muito legal!), vestuário das mais diversas épocas, dentre outros. Há também filmes curtos que explicam determinados acontecimentos marcantes (como a Peste Bubônica, que matou grande parte da população da cidade, em 1665 e o Grande Incêndio, que em 1666 devastou a cidade em 04 dias, queimando prédios do governo, monumentos históricos e, estima-se, a residência de 70 mil dos 80 mil habitantes da cidade...), instalações interativas (como as que explicam as corporações de ofício que deram origem aos tantos sindicatos), milhares de objetos de época, tudo super bem conservado, é claro. As referências existem até as dos dias atuais. Um mergulho na história!

Nós havíamos ido ao Museu de Madrid quando passamos por lá, e foi uma decepção (algumas maquetes, um videozinho... e nada mais). O daqui não tem comparação. Acho-o ótimo! Não só porque tudo é super bem feito, cheio de detalhes, etc., mas também porque acho super legal você conhecer a história do lugar em que você está (ou vive). Nesse caso, o museu cumpre muito bem sua missão!

O Museu está situado em um local em que as antigas muralhas da cidade de Londres estão conservadas! Fica na London Wall, dentro da City of London, que é uma cidade dentro da cidade - e eles também explicam essa curiosidade no museu! Estações Barbican ou St. Paul's do metrô, mas vários ônibus passam por ali por perto. Fica pertinho da St. Paul's Cathedral, então dá para fazer o passeio quando você se programar para visitar a região.

Ah... e os museus aqui em Londres são, em sua grande maioria, gratuitos. Sensacional! Normalmente eles cobram apenas por exposições temporárias - atualmente o Museu de Londres têm uma exposição sobre o Sherlock Holmes. E a lojinha vende além dos souveniers típicos, uns livros super interessantes, com informações diferentes sobre a cidade - melhores pubs, passeios mais diferentes, curiosidade dos nomes das ruas... enfim, dá pra se divertir bastante! Esperam que vocês curtam o passeio!

Beijos,
Tila.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Chão e paredes de papelão

Ontem nós trocamos de apartamento temporário... saímos daquele que estávamos no Covent Garden (muito bom, por sinal... quem precisar, eu recomendo!), e viemos para outro que é do lado do apê que vamos morar (ai... tô devendo o post do apê!). O contrato do outro venceu, não pudemos esticar, então resolvemos vir para cá de uma vez... 

Escolhemos esse daqui basicamente porque é do lado do nosso apê... Veja bem, temos 06 malas arrumar e para carregar! Tá bom... no caso, quem carrega é o marido, sozinho, coitado... mas também é um perrengue o lance de fazer e desfazer malas... ainda mais quando são 06 delas! (ok... não se compara com o perrengue de carregá-las... mas é um perrenguinho... rs)

Aí resolvemos vir para esse daqui, que é bem menor (mas também é bem mais em conta!), e aqui do lado... já vamos habituando com a vizinhança (que, aliás... assunto pra outro post)...

No outro apartamento nós estávamos no primeiro andar do edifício. O apartamento era grande (mesmo sendo só quarto + sala + banheiro era bem amplo), mas eu acho que o pessoal do andar de cima só chegava à noite. Embora tivesse bastante movimento na rua, dentro do prédio era bem sussa. Só ouvíamos os passinhos da galera, na escada e no andar de cima, de manhã e à noite.

E é curioso porque aqui no Velho Mundo o chão e as paredes parecem ser de papelão... você vai andando e o chão vai vibrando... balançando... Com isso, é claro, você ouve os passos das pessoas nas escadas e no andar de cima... (não é o "tec tec" do sapato... são os passos mesmos... um tum tum tum na sua cachola). Até ontem, isso não me incomodava - justamente porque parece que o pessoal do andar de cima só estava em casa de manhã cedo e no fim do dia...

Mas aqui... no "apertamento" novo... minha-nossa-senhora-do-barulho-infernal!!!

Eu não sei se o prédio é ainda mais "frágil"... ou se o pessoal do prédio tá treinando pra correr alguma prova de marcha atlética! Mas é um barulho sem tamanho o dia i-n-t-e-i-r-i-n-h-o!! É um anda pra lá, cavalga pra cá, corre pra lá, pisa fundo pra cá... 

E pra completar, nós estamos no lower ground floor - nome bonito para o bom e velho porão! Então a gente ouve tooooodas as pessoas que descem as escadas, porque todos os moradores estão "pra cima" e porque as escadas são na nossa cabeça...

E, em frente à nossa porta, fica a porta do que eu acredito ser uma espécie de mini depósito... Diz a lenda que tem um zelador no prédio, ou alguém que cuida da faxina... e nessa portinha que ele deve guardar a vassoura, e não sei mais o quê. Mas o mano desce essas escadas como se não houvesse amanhã! Há meia hora eu realmente achei que ele tinha rolado a escada e estava a ponto de abrir a minha porta para socorrê-lo, quando percebi que ele estava destrancando a porta do quartinho, ou seja, estava vivo.

E gente... vocês não estão entendendo a condição da escada... é estreita pacas (para ter uma ideia, nossas malas tiveram descer "de lado"), com aqueles degraus altos e estreitos, que não cabe o pé da pessoa?! E eu calço 36!! Pois bem... os manos descem numa velocidade que realmente impressiona (eu pareço uma pata descendo segurando no corrimão, prestando atenção no ângulo do pé, pra caber e eu não me estabanar!). 

Bom... tudo isso pra dizer que depois de apenas um dia e meio aqui, estou correndo o sério risco de enlouquecer com essa galera pisoteando meu juízo o dia inteiro. Não consigo trabalhar, não consigo ler, não consigo nem dormir! (o que, no meu caso... é raro!) Tá duro. 

Semana que vem vou procurar um café pra ir com meu computador, pelo menos por meio período... vou sair andando pelo bairro... vou fazer qualquer coisa na rua... porque ficar aqui por 3 semanas vai ser, realmente, enlouquecedor!! A menos que o povo do andar de cima saia de férias... ou corra a maratona para a qual estão se preparando, de uma vez!

Beijos!
Tila.

PS: só para constar, eu também recomendo esse apartamento para quem vier passar uns dias em Londres! É apertadinho, mas tem tudo que é necessário, o banheiro é muito bom, é bem localizado e o preço é bem vantajoso se compararmos com os preços dos hotéis. E, afinal, quem vem passear em Londres não passa o dia no apartamento, ou seja, não sofreria com o barulho, como eu estou sofrendo...

terça-feira, 22 de julho de 2014

Passeio pelo Covent Garden

Nós estamos temporariamente num apê alugado em Covent Garden, pois fica perto de onde o marido trabalha e alugar um apê mobiliado por temporada - considerando que ficaríamos mais de um mês por aqui - sai bem mais em conta do que ficar num hotel. Inclusive porque hotel aqui é uma fortuna e não necessariamente te dá conforto ou espaço... Sendo assim, alugar um apê mobiliado é mais vantajoso (embora, é claro, não possa dizer que é barato. Nada aqui é barato... então ficamos com o "mais vantajoso", mesmo...).

Bom, aí o apê é super bacana! Claro que é um quarto-sala-banheiro (o que, para padrões londrinos já está ótimo porque podia ser sala-banheiro com a cama do lado da geladeira, tudo, é claro, na sala...), mas é bem espaçoso, o anfitrião é excelente, dá para lavar e passar nossa roupa, cozinhar e estamos muito bem localizados (morar aqui talvez seja para os mais guerreiros porque é fuzuê na rua o tempo todo, hordas de turistas pra lá e pra cá - estamos, mesmo, há uma quadra do Mercado do Covent Garden! Mas para ficar uma temporada é sensacional!)!

Aproveitei que a moça da limpeza vinha aqui hoje e passei as duas horas que ela ficou aqui dando uma voltinha pelo bairro para ver o que eu descobria de interessante (depois farei um post sobre a história das faxineiras... que cobram por hora... e como aqui nada é barato... têm de dar conta em duas horas mesmo!). De se dizer que o apê é espaçoso, mas não dá pra ficar no meio do caminho da limpeza...rs

Para quem não conhece o centro do bairro se localiza justamente no Mercado do Covent Garden, que é um prédio super antigo e funcionava desde o século XVI como um mercado atacadista de flores e frutas (antigo na Europa tem um significado meio diferente do que no Brasil, né?! Rs...). Desde a década de 70 o Mercado deixou de vender estes produtos e foi transformado num mercado mais "comercial" (ou turístico), digamos assim - as estações se transformaram em lojinhas, cafés ou restaurantes, e há algumas barraquinhas espalhadas pelos corredores, e do lado de fora, que vendem desde comida (dependendo do dia) até artesanato. Vale a pena consulta o site deles para ver o que está disponível cada dia.






(Essas fotos não são minhas, tá? Roubei do Google... rs)

É passeio praticamente obrigatório para quem vem por aqui, por isso tem tanta gente na área. Além disso, nas ruelinhas que ficam ao redor há uma grande concentração de pubs, bares, cafés, lojinhas e restaurantes, o que colabora para a "densidade populacional"! E é bom lembrar que é verão, né? A cidade está lotada... então, já viu!

Bom... mas é agradável andar por aqui, especialmente nas primeiras horas da manhã quando as coisas ainda estão mais calminhas!



Na rua que estamos (Wellington St.) fica o Royal Opera House (que aparece à direita, nessa foto aí em cima - tirada às 09:30hs da manhã...), onde acontecem espetáculos de música e de balé. Além disso, há vários teatros na região, o que também colabora para que a noite seja bem agitada por aqui! (A propósito, para quem quiser economizar um pouco no jantar, os restaurantes costumam ter um pre-theatre menu, com preço fixo - e você não precisa ir ao teatro para aproveitar, mas tem de respeitar o horário do serviço, que geralmente é até as 19:30/20hs... ou seja, antes de começarem as peças).

Bom, voltando ao passeio de hoje, tirei essa fotinho em homenagem às minhas amigas bailarinas (fica em frente ao Royal Opera House - do outro lado da rua - e eu achei tão linda!):



Dá pra se perder pelas ruas por aqui... tem de tudo! Todas as lojas que você encontra pela cidade - Disney Store, Apple Store, Body Shop, Zara, UGG, H&M, GAP, Banana Republic, etc... Mas eu queria descobrir as lojinhas diferentes... Pelo caminho (mais especificamente, na Floral St.) encontrei essa aqui, para quem é fã do Tin Tin:



Na 12-14 Long Acre (paralela com a Floral St.) encontrei uma livraria deliciosa que só tem publicações relacionadas com viagens! Livros com relatos de viagem, livros sobre a história de Londres, livros de curiosidades de diversos locais, mapas, livros de ficção inspirados em viagens, ou sobre o tema... enfim... tem muita coisa legal! Chama-se Stanfords e dá pra ficar horas por ali... (suspeitíssima para falar de livrarias, mas enfim...). E, confesso, saí de lá com dois livros... mas, em minha defesa, era uma daquelas promoções "leve um e o segundo é metade do preço"! Rs... 

Saindo dali parei para almoçar no Five Guys - que é uma hamburgueria pela qual passei outro dia e me deu água na boca! Desde aquele dia tava doida pra comer um hambúrguer! Uma delícia! Fica na própria Long Acre (1-3).

Atravessando a rua fui até a Orbital Comics (8, Great Newport St.) para ver qual era... Bom... são comics...rs... Um monte de revistas em quadrinho, de tudo quanto é personagem. Não é muito a minha praia - porque eu gostava mesmo era da Turma da Mônica e da Luluzinha... rs...- mas para quem curte, pode ser uma boa parada. 

Desci pela St. Martin Lane até a Cecil Court e a rua é super interessante: cheia de livrarias que vendem livros antigos, outras vendem mapas antigos, uma loja que vende aqueles carrinhos  pequeninos (modelismo?), outra que vende artigos relacionados à guerras (soldadinhos, arminhas, carrinhos e aviõezinhos de guerra), outra de moedas antigas... Enfim, uma rua interessante.



Voltando passei pela New Row St. e entrei na Sass & Belle que é uma lojinha fofa cheia de coisas para casa - aquelas com cara de artesanato. Depois descobri que tem uma dentro do próprio Covent Garden. E pra fechar o passeio, entrei na Waterstones (que pra quem não sabe é uma livraria giga que tem aqui, e que, é óbvio, eu adoro!), só porque eu não consigo passar por uma e não entrar... rs...

Eu fiz um mapinha no Google Maps destacando os lugares que eu mencionei, para quem quiser se localizar.

Delícia de passeio! Super agradável se perder pelas ruelas do bairro e encontrar de tudo um pouco! Foi bom aproveitar pra fazer isso hoje, pois na quinta nos mudamos para outro apê (temporário), mais próximo do apartamento que vamos morar! Sim! Fechamos um apartamento!! :) 

Beijos,
Tila.