sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Os restaurantes do Jamie (que eu já fui)

Olha a pessoa se achando a super íntima do Jamie Oliver, para chamá-lo apenas pelo prenome... rs

Adoro cozinhar e tenho alguns livros dele, assim como já assisti muitos dos seus programas. De tempos em tempos eu pego um bodinho dele, acho que talvez pela super exposição - ele começou a fazer tanta coisa ao mesmo tempo que toda hora tem um episódio de algum programa dele na TV, um livro novo sendo lançado, etc... Mas, enfim, eu gosto dele, acho que ele passa uma mensagem bacana de que é simples cozinhar comida com cara de comida, e que todo mundo pode se aventurar na cozinha, basta gostar!

Bom, morando em Londres, não daria para deixar de conhecer seus restaurantes. Quando visitei a cidade, em 2010, ganhei de presente do marido (então namorado) um jantar no Fifteen, que é aquele restaurante dele em que emprega aprendizes. Me lembro que adorei, mas não tenho como precisar muitos detalhes - lá se vão 04 anos. Me lembro que o cardápio tinha bastante influência italiana, talvez porque, na época ele tinha acabado de publicar o livro dele de culinária italiana, tinha feito um programa todo na Itália, enfim... Mas não me lembro exatamente o que comi - embora me lembre que adorei! Rs... Enfim, voltarei lá assim que tiver oportunidade e venho contar em outro post.

Há dois meses, no meu aniversário, fomos comemorar no Jamie's Italian, que é uma cadeia de restaurantes italianos que ele tem aqui na Inglaterra. São várias unidades em Londres, e a que visitamos desta vez foi a de Picadilly. O restaurante é uma baladinha - o bar fica lotado (era uma sexta à noite), e a impressão que tive foi de que se não tivéssemos feito reserva não encontraríamos mesa (tenho por hábito fazer reserva nos restaurantes, quando decido de antemão onde ir... não custa nada, hoje em dia você faz on line ou por um aplicativo, e acaba evitando maiores decepções). São vários ambientes, pouca iluminação na parte do restaurante, música/baladinha em todos. Serviço atencioso e naquele clima: "estamos felizes de trabalhar num restaurante do Jamie!"... rs...  

O cardápio é bem variado e me surpreendeu positivamente - achava que, talvez por ser uma rede com tantos estabelecimentos, o cardápio fosse mais enxuto... não sei. Estávamos em 03 pessoas e pedimos uns aperitivos - só provei o meu, sem álcool, mas a opinião geral foi de que eram bem bons! Rs... Pedimos também uma cestinha de pães artesanais bem gostosa (adoro quando os pães vêm quentinhos), acompanhada de azeites.

Nos pratos, não arriscamos e fomos todos nas massas. Afinal... Meu linguini de camarão estava delicioso - mas a pessoa tem de curtir pimenta! Os outros pratos também foram bem apreciados - um papardele com linguiça e um especial do dia (ah... haviam 03 sugestões do chef fora do cardápio).  

No final, dividimos uma sobremesa divina! Ficamos super na dúvida entre uma torta de amêndoas com cereja, o cheesecake de limão e o "epic brownie", mas com esse nome, não dava para não pedi-lo... Maravilhoso! Ah, que saudade da época em que eu podia comer açúcar...rs


Eu sei que eu devia ter tirado uma foto antes... mas posso garantir que estava delicioso!! :)

O mais surpreendente, contudo, foi constatar que a conta não saiu cara. Imaginava que sendo restaurante badalado, etc... seria um assalto! Rs... Claro, como eu já mencionei algumas vezes em posts anteriores, convertendo tudo sai caro aqui, mas pensando em termos absolutos, em número de "dinheiros" gastos, não achei tão caro - sempre lembrando que as porções aqui são geralmente generosas (você consegue matar a fome com seu prato, sem ficar com aquela sensação de que "poderia ter comido um pouco mais"...). Algo em torno de GBP 70,00, para os três. Achei bem razoável.

Semana passada nós almoçamos, também em Picadilly, no Jamie Oliver's Diner. Já que não estou comendo carboidratos me pareceu ser uma boa opção, pois, embora inspirado na culinária americana, há várias opções de carnes (vaca, porco, frango, peixe). Dessa vez não fizemos reserva, pois decidimos quando estávamos passando pela porta. Por outro lado, o horário ajudou: 16hs do domingo... O restaurante não estava vazio, mas acho que só umas 5 ou 6 mesas estavam ocupadas.

O cardápio, como disse, é inspirado na culinária americana. Pedi costelas de porco, que estavam bem temperadas, e bem cozidas (soltando do osso, do jeito que tem de ser!), acompanhada de saladinha e fritas - provei, mas não pude me refastelar nelas... :(

O marido pediu um sirloin steak e também saiu bem satisfeito. Pretendo voltar para provar uma barriga de porco que me pareceu suculenta, um peixe cajun que deve ser interessante, e a "chicken in a basket" que tava cheia de propaganda no cardápio... rs

Comparativamente essa conta saiu mais cara (com cerveja e uma água com gás, cerca de GPB 45,00). No entanto, carne aqui é mais cara, mesmo. Ainda assim, não achei caro, para os padrões britânicos (leia-se, sem converter! Rs...). Ele tem, também, um restaurante só de carnes que pretendo conhecer, especialmente na minha fase low (ou no) carbs... Fico devendo esse relato, e o do Fiffteen.

Acho que vale a pena conhecer um de seus restaurantes, quando estiver passeando por aqui. A comida é boa e a relação custo benefício também. Especialmente se você curte os livros e/ou os programas do moço!

Beijos,
Tila.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Exposição de Lego

No último mês o tempo tem ficado "curioso" nos nossos fins de semana: aos sábados faz frio, chove, dias horríveis, nos domingos somos brindados com dias lindos! Como ainda temos um monte de coisas para organizar em casa, aos sábados ficamos por conta da arrumação e aproveitamos os domingos para passear (muito melhor passear quando o dia está bonito, ou quando, ao menos, não está chovendo! Rs...)

Nesse domingo acordamos com um sol lindo, depois de um sábado de muita chuva! Hora de escolher o passeio! O marido sugeriu que fôssemos a uma exposição... como não é muito do feitio dele, topei na hora. Qual exposição ele escolheu? Uma exposição de um artista americano que constrói todas as suas esculturas com Lego!

A exposição chama-se "Art of the Brick", e o artista é o Nathan Sawaya, atualmente apresentada na Old Truman Brewery (que fica ali pertinho do Spitafield Market). E é muito, mas muito legal! Claro que chegando lá éramos praticamente as únicas pessoas sem filhos, porque a criançada comparece em peso! Mas, ok... já estamos treinando! E o marido é apaixonado por Lego, mesmo... parece criança! Rs...

Mesmo caso do tal do Nathan, que resolveu esculpir usando peças de Lego, simplesmente porque ele é apaixonado por Lego desde criança. Quando estava para entrar na faculdade pensou em ser artista, mas foi fazer direito. Como vários advogados, em determinado momento largou a carreira para fazer algo que ele realmente curtia: arte com Lego!

Segundo ele, nada mais natural, já que é um elemento como outro qualquer e, de mais a mais, ele sempre curtiu montar Lego - mesmo quando já era mais velho, quando voltava cansado do escritório depois de um longo dia de trabalho, por sua sanidade, passava horas montando Lego.

A exposição é super bacana! Dividida em várias partes, ele começa com "réplicas" de esculturas clássicas ("O pensador", "A Vênus de Milo", "A deusa Nike") e depois passa para pinturas clássicas ("A Monalisa", "O grito", "A noite estrelada", "O beijo", dentre outras).







Na sequência há uma parte com esculturas de temas variados, animais, puzzles, o Globo, dentre outras.



A terceira parte é dedicada ao tema preferido do artista que são as expressões humanas. Nessa parte da exposição há várias esculturas de rostos e de pessoas. Cada uma inspirada em algum acontecimento da vida dele (tudo explicadinho, inclusive algumas com a indicação do número de peças utilizado e/ou o tempo que ele levou para construir).




Adorei a das mãos - representa o medo dele de perder as mãos, já que para ele são instrumento de trabalho.



Depois ainda há uma sessão de retratos (Jimmy Hendrix e Bob Dylan dentre eles) e ao final, uma homenagem à Londres (imagino que em casa cidade que ele passou tenha feito esculturas em homenagem à cidade).





A exposição já rodou por vários lugares do mundo e vale super a pena! Não sei se já esteve no Brasil, mas se ainda passar por aí, recomendo! Ou, você pode visitar por alguma parte do mundo, se topar com ela por aí!

Beijos!
Tila.  

PS: a Old Truman Brewery fica numa região cheia de mercados e restaurantes, ao lado da Brick Lane. O passeio depois da exposição também é bem agradável e me parece que domingo é mesmo o dia mais agitado por ali!